Sobre o Evento de Setembro

Publicado em: 28/07/2012

 

Bryce Blegen

Sobre o Evento

O Comércio Internacional tem sido a força direcionadora no desenvolvimento econômico global e o número de países membros da Organização Mundial do Comércio é um indicador da vontade que as principais economias do mundo têm em preservar o comércio livre e justo como uma prioridade global. Os acontecimentos de 9/11 e as preocupações posteriores sobre a segurança na cadeia de abastecimento internacional levaram à restrições e exigências, muitas vezes onerosas para os negócios, criando obstáculos ao comércio internacional de bens. Estas e outras ameaças ao comércio exterior eficiente só aumentaram desde a crise econômica mundial iniciada em 2007. O protecionismo está em ascensão. Enquanto a OMC continua a promover medidas louváveis, ​​destinadas a estimular a facilitação do comércio, incluindo aquelas na Rodada de Doha de negociações,  a Organização Mundial das Aduanas (OMA) está avançando em seus costumes nas iniciativas da Aduana do século 21, buscando mais respaldo e nível de engajamento do setor privado, tão necessários para assegurar o sucesso destas iniciativas. Nas economias desenvolvidas, a tradição do diálogo construtivo do setor público-privado existe há muito tempo.

A América Latina, em particular o Brasil e alguns de seus vizinhos, têm tido um histórico de sucesso mundial em termos de crescimento econômico nos últimos 5 anos. Sua combinação de abundantes recursos naturais e agrícolas somado a um setor consumidor jovem e crescente de classe média perfazem um destino atraente para os negócios. O comércio internacional, tanto com a região assim como com outras partes do mundo, tem potencial de crescimento enorme, como foi identificado pelo Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento e outras agências multilaterais de desenvolvimento. No entanto, a América Latina tem a tradição de possuir procedimentos aduaneiros onerosos e demorados, uma cultura alimentada por desconfiança entre os interesses empresariais do setor privado e os órgãos governamentais responsáveis pelo controle das Aduanas e Fronteiras. Ao contrário de todos os parceiros comerciais no resto do mundo, nenhum dos países do continente sul-americano aderiu à Convenção de Quioto revista sobre a Simplificação e Harmonização dos Regimes Aduaneiros. O trânsito eficiente de bens entre as fronteiras, tal como existe entre os países na Grande Europa e América do Norte simplesmente não existe ainda na América do Sul. Essa combinação de circunstâncias mostra que a grande oportunidade de ganho está nesse continente, caso consiga implementar as recomendações comerciais da OMC de facilitação comercial.

O Global Customs Forum 2012, que tem como tema: “Impulsionando a Facilitação do Comércio para o Crescimento Econômico da América Latina”, destina-se a dar continuidade a uma tradição de conferências aduaneiras com o esforço conjunto da Trusted Trade Alliance, Organizações Internacionais e Setor Privado, com a finalidade de abordar a situação latino americana, as tendências mundiais na facilitação do comércio, de diálogo construtivo do setor público-privado e formação de consenso entre os organismos multilaterais envolvidos na definição de padrões e desenvolvimento econômico entre representantes do governo, tanto da própria região quanto de seus principais parceiros comerciais. Da mesma forma, busca contemplar e dar voz às partes interessadas da comunidade empresarial, cujos interesses são os mais afetados por impedimentos ao livre comércio. O compromisso do Governo com a criação de um ambiente regulatório orientado para a facilitação do comércio internacional é, sem dúvida, necessário para o avanço da América Latina. O envolvimento das empresas é essencial para aumentar o potencial econômico da região.

 

Objetivos da conferência

Assim como nas edições anteriores do World Customs Forum que a Trusted Trade Alliance organizou em conjunto com a OMA, bem como a conferência organizada no Brasil pelo ICI no ano passado, o Global Customs Forum será construído sobre a premissa de que a colaboração entre os operadores e as agências governamentais é a melhor maneira de desenvolver uma economia nacional eficiente para os envolvidos no comércio internacional.

Seguindo a tradição de tais eventos, o evento de Setembro pretende reunir os principais intervenientes de ambos os lados do setor público e privado da maior economia da região, o Brasil e os países em toda a região, bem como de outras partes do mundo. O foco principal estará na discussão de normas internacionais para a facilitação do comércio diretamente relevantes para o crescimento do potencial comercial da região, reunindo as posições de ambos os lados, a fim de formular um documento de consenso como resultado da conferência.

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